Arquivo da tag: Pedro Rios Leão

Mais notícias dos Guarani Kaiowá, por Pedro Rios Leão

Gente, é muito difícil articular as informações, fazer a pesquisa, batalhar contra os despejos. Eu não sou perfeito, falo o que eu estou assistindo e posso errar. Não tenho pretensão de carregar “a verdade”. Só trago uma perspectiva desprovida de interesses políticos ou financeiros. Em uma situação onde os interesses tem sido sempre mais fortes que a humanidade.

Não me transformem em porta-voz da verdade, por favor.
Eu sou só um militante.
A verdade é que não existe um trabalho “jornalístico” a ser feito em MS. Os fatos são evidentes e acontecem há muito tempo. A “novidade” é a resistência. O trabalho que deve ser feito é político e social. E o aspecto mais grave desse trabalho é a quebra do preconceito. A minha função aqui, agora mais clara para mim, não é “dar informação em primeira mão”.
O material mais forte, mais relevante, não é o que relata perigo imediato ao qual os índios estão submetido(que é a rotina de um massacre histórico), mas é o que relata a ignorância histórica e o tratamento criminoso que nós, brasileiros, damos aos indígenas. Esse tabu, como menino do Rio de Janeiro, é que eu posso ajudar a destruir.

O problema dos índios não é a falta de inserção. A coisa é tão grave que eles estariam muito melhor se estivessem simplesmente apartados da sociedade, mas a inserção marginal, opressora, criminalizante que a nossa sociedade promove, com a tutela política deles sob a mão pesada de um estado fascista.

Talvez não seja a demanda mais urgente, do ponto de vista físico, mas sem dúvida alguma a demanda primordial do índios é por respeito, por apreço, por um tratamento humano e igualitário. É um racismo muito violento e doloroso, ao qual eles estão submetidos a partir da formação das cidades no seu entorno, roubando a fartura da vida natural por um lado e negando direitos básicos de construção da cidadania inserida. O índio, tratado como mão de obra barata, subempregado, como escravo, alienado do poder de luta pela tutela do estado, e inserido na sociedade rural latifundiária, como bicho a ser explorado.

As crianças indígenas brincam de “polícia e índio”. E a sensibilidade e espanto deles quando algum branco simplesmente os toma por iguais é de uma clareza comovente e assombrosa. As crianças índigenas se perguntam o que os “caraí” pensam deles, e não conseguem entender porque são tratados de forma tão violenta.

Acreditem, a despeito da imagem enganosa de que são meia dúzia de gatos-pingados espalhados em uma área enorme, são muitos, seres humanos sem nenhuma identificação com uma cultura de consumo de massas, pacatos, cada vez mais confinados, marginalizados, e explorados pelo avanço de uma cultura destruidora.

Que os trata pior que bicho, e destrói uma fonte de riqueza gigantesca que deveria formar parte relevante da nossa própria identidade.
Eu, que não me considero um cara alienado, estou chocado com o que eu presenciei do ponto de vista humano. O nazismo está aqui, e os índios são as vitimas do nosso holocausto particular.

Pedro Rios – ação em defesa dos indígenas no Mato Grosso do Sul

Pedro Rios, notabilizou-se no início do ano, por greve de fome, algemado em frente à sede da Rede Globo, para chamar a atenção em relação aos crimes cometidos em PINHEIRINHO (São José dos Campos).

Amanhã, sexta-feira (18.out.2012), Pedro Rios parte para o Mato Grosso do Sul para acompanhar a luta dos Guarani-Kaiwoá. Eles estão sendo massacrados pelos grandes latifundiários da cana-de-açúcar e tanto a grande mídia quanto o governo federal nada fazem.

Pedro Rios denuncia que a FUNAI, Governo Federal e Justiça Federal, neste caso, são “uma fraude”, não fazendo nada para mudar a situação do genocídio do índios.

Os índios não tem quem os proteja.

O que significa se indignar? temos amigos que nos acompanha.

Pedro Rios relatou a verdade. Tudo confirmado ontem na Audiência Pública em SJC

http://youranonnewsbrazil.tumblr.com/post/16780915524/conversa-com-ativista-pedroriosleao

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entrevista com Pedro Rios Leão (parte II)

PEDRO RIOS: Eu queria também explicar porque exatamente o alvo Rede Globo.

A Rede Globo foi a que teve a participação mais ativa. A Globo tava lá através da Rede Vanguarda. Mas eu acredito profundamente que os jornalista mesmo, os jornalista da Rede Globo, os jornalistas do Rio de Janeiro, os jornalista de São Continuar lendo

Entrevista com Pedro Rios Leão

Entrevistadora: Pedro, você está se propondo aqui a fazer uma greve de fome. Você esteve em Pinheirinho e o que aconteceu lá? O que ficou claro pra você?

Pedro Rios: Bom foi um roubo. Foi um roubo. Contra os moradores de Pinheirinho por um terreno que definitivamente, dentro da área definida por qualquer aparelho legal não corrompido, e nenhum aparelho legal do mundo pode achar justo que tirem três mil famílias por um cara que vive dentro de um escritório e que quer dinheiro por aquele terreno. Um roubo perpetrado pela mão armada do Estado. Continuar lendo

Ele é flamenguista e se envergonha por Pinheirinho

Pedro Rios Leão em greve de fome em frente à Globo por Pinheirinho.

Dinheiro Fácil

Eu queria matar a Presidenta, por Pedro Rios Leão

Pedro Rios Leão em greve de fome em frente à Globo por Pinheirinho.

Pedro Rios Leão

http://pedroriosleao.wordpress.com/sobre/

Pedro Rios Leão é Audiófilo, cinéfilo,  produtor de qualquer coisa que pense valer a pena, observador de estrutura social, misantropo, levemente alcoolatra, excessivamente acadêmico e e completamente passional. Esse é o seu caderninho de pensamentos aleatóreos e resenhas destemidas.

http://racismoambiental.net.br/2012/01/pedro-rios-leao-e-as-noticias-de-pinheirinho/

Acontece que desde domingo há alguém postando no Facebook afirmativas de que, ao contrário do que vem sendo dito e concordando com o presidente da OAB local, pessoas teriam, sim, sido mortas. Mais que isso, segundo ele esses corpos – que incluiriam crianças, uma de quatro anos e outra de meses – estariam sendo “sequestrados”, para não deixar provas, no melhor estilo da ditadura. E isso estaria continuando a acontecer mesmo depois da chamada desocupação.

Eu não o conheço, mas ele é amigo de gente séria. E o filme que postei há pouco, “PM ataca moradores em alojamento cedido pela própria prefeitura”, parece corroborar o que ele vem repetindo.

Ele esteve ontem no hospital, tentando conversar com David Washington Castor Furtado, que ele chama de “nossa única prova viva e rastreável”. Não conseguiu porque, como escreve, “David está sendo vigiado pelos seus próprios algozes”.

E ele vai além, afirmando: “Não se confundam; essa não é uma disputa jurídica. A lei está morta aqui. Isso é uma disputa política e depende de nós. Salvem David Washington Castor Furtado, divulgando o nome dele e cobrando explicações. Se nós esquecermos dele, ele será morto”.